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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Queluz de Minas- A Real Vila de Queluz que não existe mais- Cons. Lafaiete-MG


Esta foto é da imagem "original" vindo para Arraial dos Carijós em 1730 da cidade do Porto. Imgagem padroeira N. Srª Conceição da Paróquia de Campo Alegre dos Carijós- nome primitivo da Villa Real de Queluz, desde 19 setembro de 1790  e mais tarde cidade "Queluz de Minas" que foi nome a partir de 02 de janeiro de 1866 do atual Município Conselheiro Lafayete, que recebeu este nome, por decreto estadual em 1934, em homenagem ao seu filho da terra, conselheiro do império de D. Pedro II, jurista Sr. Lafayette Rodrigues Pereira, filho do Barão de Pouso Alegre, neto de Manoel José da Costa, construtor da Fazenda Macacos

Esta imagem original, vinda do PORTO -PT em 1730, foi restaurada em 2011. Mas a restauração das policromias não puderam ser completas, pois havia perdido grande base da pintura original, devido o tratamento que recebeu dos irresponsáveis pelo Patrimônio Histórico e Cultural e Artístico da Cidade Cons.Lafaiete, como também do Bispado Primaz de Mariana e da Paróquia Conceição de de N. Sra. Conceição de Lafaiete.
Para esta imagem e outras imagens como Sao Francisco de Assis, São Domingos N.Sra das Dores e Sr dos Passos poderem ser restauradas, foi necessário, acionarmos o Ministério Público Estadual de Minas Gerais de Defesa do Patrimônio Histórico, e a Polícia Federal como também a Interpol, que buscaram as imagens na Casa Paroquial e as levaram para Belo Horizonte para serem restauraudas.

Nas terras da Sesmaria do 'Pau Grande' que herdara de seu pai- vivia o Sesmeiro José da Costa Oliveira- membro Provedor da Irmandade do Santíssimo Sacramento e construtora do templo barroco da igreja-matriz da dita paróquia do Arraial do Campo Alegre dos Carijós ou mais popularmete Arraial dos Carijós.

Depois deste nome, o Arriaal passou a ser o centro da novo Termo criado como  Villa Real de Queluz em 19/09/1790 por decreto da Rainha de Portugal- Dona Maria I,  em homenagem ao seu palácio de verão, situado no distrito de Queluz  de Lisboa em Portugal.
Ficando o antigo Arraial do Campo Alegre dos Carijós, a séde do TERMO da Villla Real de Queluz que compreendia os distritos paroquiais de:
N. Sra Conceição dos Carijós;
altar mor, da Matriz Conceiçao com 3 imagens barrocas, Padroeira Conceição Sao Francisco de Assis e São Domingos de Gusmão fundadores das respectivas ordens Franciscana e Dominicana.

Bom Jesus do Matozinhos de Congonhas, foi distrito de Queluz e capela da Paroquia Conceição


                      St Antônio da cidade Itaverava ex distrito de Queluz

                                              São Gonçalo do Amarante-
                           Catas Altas da Noruega - ex distrito de Queluz

                                            Santo Amaro do Camapuã
                             hoje cidade Queluzito. ex distrito de Queluz

                                 Sant'Ana do Morro do Chapéu do Catauá-
                              cidade Santana dos Montes, ex distrito de Queluz
                                           
                                     N.Srª da Glória dos Caranaybas;
                                                   (falta foto)

                                 N. Srª da Dores da Capela Nova do Rio Doce.
                                                    (falta foto)  

                                                       
                                               São Brás do Suaçuy.
                                               ex distrito de Queluz

Antes do ano 1709, na parte alta do Arraial dos Carijós, na divisa das Sesmarias de Jerônimo Pimentel Salgado e Amaro Ribeiro, havia a primitiva capela-colada  de N. Sra Conceição dos Carijós, da Paróquia do Bom Jesus em Furquim, distrito da Cidade Mariana, Bispado do Rio de Janeioro.

 A capela original de N. Sra Conceiçao dos Carijós, erigida, talvez, por volta de 1686 pelos paulistas das bandeiras de Bartolomeu Bueno Siqueira, que partiu da Vapabuçu (Lagoa Dourada) e excursionou pelas serras das Congonhas (erva -mate- chapéu-de-couro) subindo o Rio Paraupaba=Rio Paraopeba (rio sem corredeiras) até suas cabeceiras no Camapuã (peito verde e macio)
Fernão Dias Paes Leme, desbravador do Sertão dos Cataguases (povo das matas)- denominação primitiva do Estado MG- deixou seu filho Garcia Roriz Paes Leme como "Guarda- Mor" das "Roças de Garcia Roiz", onde plantavam milho,  feijão, e mandioca,  no Campo Alegrea dos Carijoz (povo mestiço, ou povo pintado) para abastecer as futuras Bandeiras que procuravam o Tripuy (córrego de pedras de ouro cobertas de  pedras de minério de ferro itabirito) e a Itaverava (pedra que brilha)
Garcia Rodrigues ou Roriz, partiu do Arraial Campo dos Carijós para abrir o "Caminho Novo" até o Rio Parayba (rio ruim para navegar) nas terras de Simão Pereira de Sá, donde seguia-se margem acima do mesmo rio, até chegar na subida da garganta do Embaú, (rio seco ou vazio) comunicando-se com o "Caminho Velho" que vinha do Porto de Paraty (riacho com peixes) para alcançar Itanhandu,(pedra por onde escorre-se); Caxambu( águas que borbulham, gasosa naturais) Baependy (água de mato achatado), Carrancas, Registro do Rio das Mortes, Vapabuçu (Lagoa Dourada) e Vale do Paraupaba (rio sem corredeiras).

Em 8 dez. de 1709, a primitiva capela da Conceição, que era Capela-Colada da Paróquia do Bom Jesus do Furquim da Cidade Mariana ou Arraial do Ribeirão do Carmo, do Bispado do Rio de Janeiro, foi elevada a condição de Paróquia.

Em 1733 iniciou-se a construção do  templo que conhecemos atualmente, com risco da fachada feito por  "Simão Vaz Portugal",encomendada pelo Provedor e Membro da Irmandade do Santíssimo Sacramento e Sesmeiro nas terras dos Caranaybas, (povo inteligente) na sua Fazenda do Lençol, José da Costa Oliveira- bisavô do conselheiro Lafayete Rodrigues Pereira.

No Arraial dos Carijós, (povo mestiço) por volta de 1780, que pertencia ao Termo da Vila São José d'El Rey da Comarca do Rio das Mortes, o Alferes José Joaquim da Silva Xavier apelidado de "O Tiradentes" em suas idas e vindas entre Vila Rica e o Rio de Janeiro, chefiando a Guarda do despacho do ouro,  dormia na casa do Padre Fajardo de Aciz, situada à Rua dos Dois Barrancos,(atual Rua Barão do Suaçuy) que desce do Morro St. Antonio, em direção à Passagem de Queluz e Congonhas do Campo.

 O Alferes Tiradentes, também pousava na Estalagem  "Varginha do Lourenço", de propriedade do inconfidente queluziano, "João da Costa Rodrigues" que foi degredado, por acusação de conjura contra a coroa portuguesa, cujos ossos despojos jazem hoje no "Panteão dos Incofidentes" localizado do Museu da Inconfidência em Ouro Preto-MG
A sua casa foi salgada, e numa gameleira que ainda existe até hoje, às margens da Estrada Real entre Lafaiete e Ouro Branco, ficou dependurado um quarto do corpo esquartejado do alferes Tiradentes até a consumação pelo tempo,
É um sítio arqueológico tombado pelo IEPHA.
Na pia batismal da igreja- Matriz da freguezia de N. Srª Conceição dos Carijós, recebeu água e santos óleos o Inconfidente, "Padre Manoel Rodrigues da Costa", tio-avô do Conselheiro Lafayette Rodrigues Pereira.
Seus paramentos estão no Museu da Inconfidência em Ouro Preto.
Este padre foi arrolado nos Autos da Devassa da Inconfidência Mineira e degredado em Portugal, sendo ele o único ao voltar ao Brasil, após a independência em 1822.
Passou a residir na fazenda do "Registro Velho" num distrito de Borda do Campo (atual cidade Barbacena).
Padre Manoel Rodrigues da Costa, foi liderança na primeira  Assembleia Constituinte de Deputados do Brasil e, liderou em MG, a "Revolução Liberal de 1842.
Está sepultado na Matriz N.Sra  Piedade em Barbacena.
A igreja-Matriz da Paróquia Conceição dos Carijós, serviu de trincheiras para as tropas do entao Marquês de Caxias na Revolução Liberal de 1842.


comemoração eternizada na cédula de Cr$100,00.

                         imagem de roca de N. Srª da Dores da Matriz Conceição  
                                           (escultor ignorado, origem séc XVIII)
                                 
restaurada em 2011 por ação da Policia Federal a mando do Ministério                  Público do Estado MG de Defesa do Patrimõnio Historico e Cultural e Interpol


imagem de roca de Sr dos Passos da Matriz Conceição também restaurada em 2010 por ação do Ministério Público do Estado MG de Defesa do Patrimônio cultura e Artístico e Polícia Federal 

                foto capela mor, altares colaterais ao arco-cruzeiro,
               que deveriam ser destinados as imagens de roca de
        N. Sra das Dores à esquerda  e à direita ao Sr dos Passos, devido estar claro os brazões da lua e do sol - simbolos do macho e femea na iconografia católica, mas que devido desisnformaçao cultural de certos administradores da paróquia, instalam as imagnes em locais errados e ficam trocando imagens modernas por barrocas nos nichos dos altares colateraias ao altar -mor- promovento ainda, até hoje, a descaracterização do estilo barroco originalda igreja.





Nesta mesma igreja-Matriz de N.Srª Conceição foram batizados, casados e encomendados todos os Lana "naturais" da Vila de  Queluz de Minas, que foram sepultados no cemitério paroquial, que diga-se de passagem está mal administrado pela autoridades responsáveis da Paróquia e Bispado Primaz de Mariana.
Participaram das semanas santas realizadas nesta paróquia, que tinha duas Capelas da Vila de Queluz, na área urbana:
Capela de N. Srª do Carmo"- infelizmente demolida no séc. XX, pelas autoridades civis e eclesiásticas irresponsáveis

A Capela da Irmandade do St Antonio de Queluz, está em média conservação, graças às autoridades da Irmandade do Sto Antonio que não tem nenhuma submissão ao Clero de Mariana


                                           

             imagem de Santo Antonio de Queluz no topo do trono
                                e imagem de N. Sra Piedade
             a imagem da Conceição Aparecida padroeira do Brasil (não é uma cópia                             da original de Aparecida-SP e nem barroca

                      fontes: "Autos da Devassa da Inconfidência Mineira",
                  "Diário de Dom Pedro II em sua viagem a Província das Minas"
              "Corografia Histórica da Província das Minas Gerais de 1831" do APM.